segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vida longa e próspera!

Todas as colunas, eventualmente, tem um texto que puxa o saco de alguém. Com a minha não poderia ser diferente. E quem, pergunta-se você, será o beneficiado? Ninguém outro que J. J. Abrams.

Não vou assumir que você já ouviu falar. Muito provavelmente sim, especialmente considerando o tipo de leitor que tenho em mente, mas pode ser que não. Mas suponho que você já tenha ouvido falar de Lost. Lost, sendo o seriado tremendamente famoso que é, é uma das obras mais famosas de Abrams. O que é meio injusto, porque ele é meio desligado da série, e ultimamente nem tem muita participação. Vou, portanto, focar nas duas realizações de Abrams que considero mais importantes: O seriado Fringe e o remake de Star Trek.

Fringe, como já disse algumas vezes neste blog, é um dos melhores seriados que existem. No seu gênero, ficção científica, é o melhor que já vi. Comparado de inicio com o Arquivo X, a série segue a agente do FBI Olivia Dunham, o cientista Walter Bishop e seu filho Peter enquanto estes investigam uma série de casos bizarros (parte do que se chama o “Padrão”) e explicáveis somente pela “ciência de borda” (fringe science). Desde teletransporte a telepatia, nada escapa ao trio, que vai revelando que suas próprias vidas são tão interessantes e suspeitas como os casos que investigam.

Tenho que admitir que, em parte, meu amor pelo seriado se deve à atriz Anna Torv, que interpreta Olivia. Ela é simplesmente perfeita para o papel. Seus colegas não ficam atrás, mas ela é maravilhosa. Dito isso, a série é de fato muito boa, e, da mesma maneira que Lost, nos engaja com seus mistérios e nos enternece com seus momentos de romance e intriga. A cenografia é muito boa, a produção é caprichada e a redação, na maior parte, inteligente. Estou apaixonado.

Como se não fosse suficiente, Abrams ainda produziu e dirigiu o mais novo filme de Star Trek, acompanhado, inclusive, dos mesmos escritores de Fringe. O filme pode parecer confuso a princípio, como qualquer obra de Abrams, mas ao pouco tudo vai sendo compreendido, numa aventura estonteante que não pára um segundo. Os atores foram bem escolhidos (aliás, só para ver o Sylar de Heroes com as sobrancelhas de Spock eu já assistiria ao filme) e os cenários são realistas (o mais realistas que poderiam ser considerando-se que é Star Trek). O melhor é que as duas horas passam em uns minutos, já que o script mistura piadas e diálogos emotivos com uma freqüência calculada, nunca nos fazendo sentir que nada está acontecendo. Fazia tempo que não via um filme tão simples e bom ao mesmo tempo, e não consigo esperar pelas seqüências (há mais duas no forno, com os mesmos autores).

Enfim, o que posso dizer? Acho que de agora em mais, tudo o que tiver o nome J. J. Abrams na capa vai ter minha fidelidade. Eu sei, eventualmente eu vou ver alguma coisa péssima, mas assim como pude perdoar o mais novo e desastroso vídeo musical da minha musa, Shakira (um vídeo, aliás, de uma música muito boa), eu vou conseguir perdoar os erros de Abrams. A não ser que Fringe fique ruim. Em cujo caso... não quero nem pensar.

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